sexta-feira, 10 de outubro de 2008

(in) suficiente para (des) gostar

Vivo num mundo em que só me consigo ver a sonhar mas, com os pés bem acentes no chão.
Um dia sonhei conhecer alguém que me completasse e soubesse gerir tudo aquilo que me torna e faz feliz. Esse sonho realizou-se; conheci quem mais queria.
Apareceste na minha vida de uma forma tão mansinha e leve que mal notei. Aos poucos, foste conquistando o meu mundo e eu o teu, e fui percebendo que eras tu quem um dia sonhei poder contar todos os dilemas da minha vida, as minhas angústias e as minhas felicidades. E os meus sonhos? Era contigo, e era a ti que eu os contava e partilhava.
De um momento para o outro, o meu mundo caiu; a minha vida esgotou-se. Foste um dos meus suportes, ajudaste-me a ultrapassar tudo e tentar esquecer o passado.
Pelas voltas que o mundo deu, enquanto girava por caminhos infinitos, de um momento para o outro, as nossas vidas afogaram-se em mágoas jamais apagáveis e inesquecíveis. Fiz tudo o que tinha e o que pudia para suportar todos os inconvenientes que nos apareciam.
Enquanto, o mundo, girava soube ver o que de bom e de mau a vida nos dava, as formas imensas e o vazio que não se enquadravam. Sorrir sem vontade, era como um peixe que sobrevivera sem água...
Hoje o vazio preenche. Onde paira quem amo e quem (talvez) um dia me considerou parte de si? Estará a viajar por um mar jamais navegado por alguém que um dia pensou que dificilmente conseguiria alcançar algo muito desejado? Onde andará o sentimento que ambos nutrem?
Sentimentos que não são em vão... regressam... mais tarde ou mais cedo porque, quem um dia amou conseguirá perdoar quem um dia pecou.
(L'

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